O Programa Institutos Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação (INCTs) se caracteriza por grandes projetos de pesquisa de longo prazo, de alto impacto científico e de formação de recursos humanos, em redes nacionais e ou internacionais de cooperação científica, envolvendo pesquisadores e bolsistas das mais diversas áreas.
Como forma de promover o acompanhamento das realizações dessa rede pela sociedade, a Academia Brasileira de Ciências e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico estão organizando uma série de quatro eventos, os “Webinários ABC/CNPq: a contribuição dos INCTs para a sociedade”.
Ao longo das próximas terças-feiras, dias 31/5, 7/6, 14/6 e 21/6, sempre das 16h às 18h, representantes de alguns INCTs vão apresentar temas amplos, transversais à atuação dos mais de 100 institutos. Os eventos serão transmitidos pelo YouTube da ABC e do CNPq.
Venha conhecer de perto a ciência brasileira, quem a produz e como acontece!
PROGRAMAÇÃO
Sempre às 3as feiras, das 16 às 18h, nos canais do YouTube da ABC e do CNPq
31 DE MAIO
Transmissão: https://youtu.be/EOcF1O-x8iI
Abertura: INCTs e os desafios em CT&I Ministro Paulo Alvim (MCTI) Evaldo Vilela (Presidente do CNPq) Helena Nader (Presidente da ABC) Odir Dellagostin (Presidente do Confap) Rafael Lucchesi (Diretor de Educação e Tecnologia da CNI)
Os INCTs e o Futuro da CT&I no Brasil Jailson Bittencourt de Andrade (Vice-presidente da ABC, Senai/Cimatec)
7 DE JUNHO
Transmissão: https://youtu.be/KmgYR0EL8l0
Coordenação: Maria Zaira Turchi
Tema 1: INCTs, Desigualdade e Democracia Wilson Gomes (UFBA) Roberto Kant (UFF) Nadya Guimarães (USP)
Tema 2: INCTs e a Sustentabilidade do Planeta: Terra, Mar e Ar José Marengo (Cemaden) Jefferson Simões (UFRGS) Maria Fatima Grossi de Sá (USP)
14 DE JUNHO
Transmissão: https://youtu.be/yiwVedUykCk
Coordenação: Helena Nader e Luiz Davidovich
Tema 3: INCTs e Saúde Única (One Health) Adalberto Val (Inpa) Carlos Morel e Thiago Moreno (Fiocruz) Afonso Luís Barth (HC-UFRGS)
Tema 4: INCT e Nexus – Segurança Energética, Hídrica e Alimentar Mariangela Hungria (Embrapa) Carlos Chernicharo (UFMG) a confirmar Marcel Bursztyn (UnB)
21 DE JUNHO
Transmissão: https://youtu.be/HiRuzTpJj_E
Coordenação: Helena Nader e Luiz Davidovich
Tema 5: INCT, Ciência e Sociedade Luisa Massarani (Fiocruz) Roberto Lent (UFRJ/Rede CpE) Ricardo Gazzinelli (UFMG/Fiocruz)
Tema 6: O Futuro é Hoje – Pesquisas de Fronteira Virgilio Almeida (UFMG) - Inteligência Artificial/BigData Mayana Zatz (CrispR) Gonçalo Pereira (Unicamp) - Energia/Descarbonização Marcos Pimenta (UFMG) - Nanociência/Nanotecnologia
Nesta quinta-feira, 16 de dezembro, às 17h, a Virada Sustentável realizará uma mesa em parceria com o Fórum Clima Salvador, coletivo de mais de 25 entidades soteropolitanas ligadas à temática ambiental, para discutir como cidades litorâneas, a exemplo de Salvador, podem ser impactadas pela elevação do nível dos oceanos.
O debate terá a participação dos coordenadores do Fórum Clima Salvador e do Instituto Taoca, Virgílio Machado e Letícia Moura e do geólogo da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Professor José Landim, convidado pelo grupo.
A mesa será mediada pela jornalista Luana Assiz e realizada na Sala do Coro do Teatro Castro Alves (TCA).
O evento será aberto ao público, mas com número reduzido de ingressos, que estarão disponíveis gratuitamente por meio da plataforma Sympla.
Os debates também serão transmitidos ao vivo no canal da Virada no YouTube (www.youtube.com/viradasustentavel).
As mesas serão seguidas de apresentações musicais.
Não perca!
Entre os dias 8-12 de novembro ocorrerá a edição 2021 do Encontro Recifal Brasileiro (EReBra), totalmente online e gratuita. Um evento voltado para divulgação científica e conexão entre as diversas áreas relacionadas aos ambientes recifais, organizado por integrantes da UFF, UFRJ e da UFRN.
No dia 8/11, de 8 às 12:00, o evento será iniciado com uma mesa sobre “A dimensão humana na ciência sobre os recifes” com a participação de pesquisadores de diferentes universidades integrantes do INCT AmbTropic II, GT 1.2 Recifes e ecossistemas coralinos.
A proposta do simpósio é discutir as necessidades e perspectivas que a comunidade envolvida no estudo dos recifes têm para ampliar a sua atuação na incorporação do fator humano na sua atividade de pesquisa e assim, aprimorar a compreensão que se tem deste sistema que precisa em toda a sua complexidade.
1ª parte
1. Zelinda M.A.N. Leão - História da pesquisa científica sobre os recifes do Brasil
Dos primeiros cientistas que visitaram o Brasil no século 19, até a Década do Oceano, a pesquisa científica sobre os recifes de coral brasileiros produziu mais de 700 trabalhos os quais foram quali e quantitativamente analisados.
2. Tito Lotufo - Funções dos recifes nos ecossistemas humanos
Para além dos benefícios mais evidentes dos ambientes coralíneos, como o turismo e a pesca, estes sistemas estão fortemente conectados com outros ecossistemas e realizam funções que são essenciais para a humanidade. Serão brevemente discutidas as principais funções exercidas pelos recifes nos ecossistemas humanos, incluindo aquelas denominadas como serviços ecossistêmicos.
3. Rafael Magris - Estratégias de conservação dos ecossistemas recifais
Ecossistemas recifais encontram-se globalmente sob forte ameaça. Diante de um mundo de necessidades e impactos humanos crescentes, diversas estratégias têm sido utilizadas para a manutenção da funcionalidade destes ecossistemas, incluindo: (i) o planejamento e a implementação de áreas marinhas protegidas, (ii) a identificação e redução do risco de ameaça à espécies em declínio, (iii) o estabelecimento de programas de monitoramento, e (iv) a adoção de técnicas de recuperação recifal.
4. Marluce Custódio: Paisagens marinhas: recifes e patrimônio imaterial construído pelo turismo
A ideia da conversa é discutir a paisagem marinha como componente que conduz a proteção de recifes, não apenas pela sua importância ambiental, mas como parte da cultura de uma sociedade e ponto de visitação. Incrementado inclusive por inserção de arte, manutenção de elementos históricos como navios afundados, dentre outros. Discutiremos como a visualização da paisagem marítima pode criar percepção social, inclusive pelo turismo, e com isso garantir a proteção ambiental dos recifes que tem papel incontestável na garantia do meio ambiente ecologicamente equilibrado. Complementaremos com uma aproximação inicial, a paisagem marinha no contexto das comunidades tradicionais.
5. Beatrice Padovani Ferreira - Monitoramento participativo e a rede internacional de monitoramento de recifes
Nesta palestra será apresentada a iniciativa adaptação do monitoramento participativo utilizado no PELD TAMS, com base no ReefCheck, para a formação de uma rede com o INCT AmbTropic, com participação de comunidades costeiras e de pescadoras e pescadores. Também serão discutidos os resultados obtidos utilizando o protocolo Reef Check em unidades de conservação em recifes na costa brasileira.
2ª Parte
1.Marcelo Soares - Impactos nos recifes de corais e vulnerabilidade socioeconômica
Os impactos locais e globais em curso no Antropoceno estão alterando profundamente a biodiversidade marinha bem como os bens e serviços ambientais ofertados pelos recifes de corais. Dentre essas alterações profundas geradas pela simplificação e degradação dos recifes um dos aspectos negligenciados é o aumento da vulnerabilidade socioeconômica das quase 500 milhões de pessoas que dependem diretamente dos recifes. Nessa palestra esse tema será explorado mostrando como o aquecimento global, aumento do nível do mar, mudanças de fase nos recifes e outros aspectos ambientais estão interligados com impactos e o aumento da vulnerabilidade de comunidades humanas costeiras e insulares.
2. Maria Elisabeth de Araújo - Etnoconservação: academia, pescadores e resultados.
Estudos etnocientíficos foram iniciados por antropólogos na década de 30, tendo sido apropriados pela área biológica com conceitos e práticas diversas. A etnoconservação vem crescendo muito rapidamente entre ecólogos interessados em gestão e nos aspectos socioculturais da conservação da natureza. Cabe-nos perguntar: Os resultados das pesquisas fortalecem a interação entre a academia e a comunidade pesqueira em prol da conservação do ambiente, incluindo os povos nativos?
3. Priscila Lopes - Conhecimento ecológico local como mecanismo de detecção de impactos em ambientes recifais
O conhecimento ecológico local vem sendo demonstrado como uma ferramenta eficiente para preencher lacunas de conhecimento científico, apontar novas perguntas e soluções, e incluir comunidades humanas no espaço de gestão, em diversos ambientes, inclusive os recifais. Há ainda a possibilidade deste conhecimento representar uma maneira rápida e efetiva de acessar a magnitude de impactos ecológicos e sociais locais, sejam eles pontuais ou extensos. Por exemplo, à medida em que há aumento da imprevisibilidade climática, surgem novos impactos de ordem ecológica com consequências em sistemas sociais, como perda da produtividade pesqueira. A mesma ideia é válida para impactos mais pontuais, como episódios de derramamento de óleo. Aqui, discutirei como este tipo de conhecimento pode ser fundamental para anteciparmos tanto impactos causados por grandes mudanças como para desenharmos estratégias mitigatórias mais adequadas às necessidades locais em função de impactos recém-sofridos.
4. Luisa Viegas - Importância da divulgação científica para a preservação ambiental
A divulgação científica é uma ferramenta importantíssima para a propagação do conhecimento científico, e se faz cada vez mais presente como uma forma de combater as notícias falsas que se espalham no mundo virtual e promover a preservação ambiental. Nesta palestra, abordarei a importância da divulgação científica na sociedade moderna, bem como as diferentes formas de se fazer divulgação científica visando a proteção dos oceanos.
O programa completo do evento inclui plenárias ao vivo, apresentações de trabalhos e sessões interativas. Você pode conferir a programação detalhada acessando o link.