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Pesquisadores dos GTs 2.1 (Geodiversidade, Biodiversidade e Recursos Vivos da Plataforma Continental) e 3.0 (Variabilidade climática, ciclos biogeoquímicos e fluxo de CO2 no oceano Atlântico tropical) do inct AmbTropic II publicaram no Journal of Marine Sciences (IF: 2.542) um interessante trabalho que investiga as interações entre a topografia submarina e a circulação na região nordeste do Brasil. Esta interação pode ser considerada como um conjunto de processos que resultam da interação entre as correntes e gradientes topográficos especialmente aqueles associados com canyons submarinos, que apresentam um potencial para produzir ressurgência e transporte "cross-isobath" em margens continentais. O trabalho intitulado "Flow-topography interactions in the western tropical Atlantic boundary off Northeast Brazil" tem como autores Marcos V.B. Silva, Beatrice Ferreira, Mauro Maida, Syumara Queiroz, Marcus Silva, Humberto L. Varona, Tereza C.M. Araújo e Moacyr Araújo.



Resumo Gráfico


ABSTRACT

Flow-Topography Interaction can be considered as a particular set of processes resulting of the currents inter- action with a topographic gradient, specially associated with submarine canyon areas, which are important morphological features with potential to upwelling and cross-isobath transport on the continental margins. The South Pernambuco Continental Shelf (SPCS) and Pernambuco Plateau located on the Southwestern Tropical Atlantic (SWTA), present incised morphological features, highlighting the shelf valleys and blind canyons, which do not have a connection to the shelf or an onshore river system. They are likely features for interactions between the dominant along-shelf flow represented by the strong western boundary North Brazil Undercurrent. We investigated potential canyon induced upwelling and the respective mechanisms at the late spring/early fall context. CTD and reanalysis data from GLORYS12V1, and in situ bathymetric measurements were used to characterise the hydrodynamics and canyon morphology, respectively. Then, we combined both to obtain dimensionless numbers from dynamical scale analysis to infer possible imbalances of the acting forces. Rean- alysis data evidenced uplift at the slope not related to the blind canyons. CTD data indicated a seasonal variation of the intrusion of water masses, especially at the shelf-break for the Middle shelf valley and Campas shelf valley. A temperature difference of 2.5 ◦ C (2.0 ◦ C) between surface and deep waters was observed during the late spring. A stepwise temperature structure was present in both seasons, indicating instability below the mixed layer depth, the uplifting of isotherms, and the corrosion of the lower portion of the surface mixed layer. The dimensionless parameters analysis reveals highest Rossby values during the fall, mainly in Zieta shelf valley (R0=130.87) and Csv (R0=111.71), and lower values for the canyons of the Pernambuco Plateau. Our hypothesis is that the shelf valleys might play a role in conducting the uplifted slope water coast-ward. For the blind canyons, although no related upwelling was observed, reanalysis revealed the presence of a deep anti-cyclonic eddy at one of the blind canyon’s mouth. Rossby and Burger numbers indicate a weak geostrophic balance at the canyon rim, and instability of the horizontal length scale of the pressure gradient force, with tendency to vorticity control. While the paradigm that shelf and coastal waters off north-eastern Brazil are mostly oligotrophic in the surface is true, our observation of shallow (<60 m) subsurface uplift should be considered in future works in the SWTA.


O trabalho completo pode ser acessado em: https://doi.org/10.1016/j.jmarsys.2021.103690

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Nesta quinta-feira, 16 de dezembro, às 17h, a Virada Sustentável realizará uma mesa em parceria com o Fórum Clima Salvador, coletivo de mais de 25 entidades soteropolitanas ligadas à temática ambiental, para discutir como cidades litorâneas, a exemplo de Salvador, podem ser impactadas pela elevação do nível dos oceanos.


O debate terá a participação dos coordenadores do Fórum Clima Salvador e do Instituto Taoca, Virgílio Machado e Letícia Moura e do geólogo da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Professor José Landim, convidado pelo grupo.


A mesa será mediada pela jornalista Luana Assiz e realizada na Sala do Coro do Teatro Castro Alves (TCA).


O evento será aberto ao público, mas com número reduzido de ingressos, que estarão disponíveis gratuitamente por meio da plataforma Sympla.


Os debates também serão transmitidos ao vivo no canal da Virada no YouTube (www.youtube.com/viradasustentavel).


As mesas serão seguidas de apresentações musicais.


Não perca!








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Entre os dias 8-12 de novembro ocorrerá a edição 2021 do Encontro Recifal Brasileiro (EReBra), totalmente online e gratuita. Um evento voltado para divulgação científica e conexão entre as diversas áreas relacionadas aos ambientes recifais, organizado por integrantes da UFF, UFRJ e da UFRN.


No dia 8/11, de 8 às 12:00, o evento será iniciado com uma mesa sobre “A dimensão humana na ciência sobre os recifes” com a participação de pesquisadores de diferentes universidades integrantes do INCT AmbTropic II, GT 1.2 Recifes e ecossistemas coralinos.


A proposta do simpósio é discutir as necessidades e perspectivas que a comunidade envolvida no estudo dos recifes têm para ampliar a sua atuação na incorporação do fator humano na sua atividade de pesquisa e assim, aprimorar a compreensão que se tem deste sistema que precisa em toda a sua complexidade.



1ª parte


1. Zelinda M.A.N. Leão - História da pesquisa científica sobre os recifes do Brasil

Dos primeiros cientistas que visitaram o Brasil no século 19, até a Década do Oceano, a pesquisa científica sobre os recifes de coral brasileiros produziu mais de 700 trabalhos os quais foram quali e quantitativamente analisados.


2. Tito Lotufo - Funções dos recifes nos ecossistemas humanos

Para além dos benefícios mais evidentes dos ambientes coralíneos, como o turismo e a pesca, estes sistemas estão fortemente conectados com outros ecossistemas e realizam funções que são essenciais para a humanidade. Serão brevemente discutidas as principais funções exercidas pelos recifes nos ecossistemas humanos, incluindo aquelas denominadas como serviços ecossistêmicos.


3. Rafael Magris - Estratégias de conservação dos ecossistemas recifais

Ecossistemas recifais encontram-se globalmente sob forte ameaça. Diante de um mundo de necessidades e impactos humanos crescentes, diversas estratégias têm sido utilizadas para a manutenção da funcionalidade destes ecossistemas, incluindo: (i) o planejamento e a implementação de áreas marinhas protegidas, (ii) a identificação e redução do risco de ameaça à espécies em declínio, (iii) o estabelecimento de programas de monitoramento, e (iv) a adoção de técnicas de recuperação recifal.


4. Marluce Custódio: Paisagens marinhas: recifes e patrimônio imaterial construído pelo turismo

A ideia da conversa é discutir a paisagem marinha como componente que conduz a proteção de recifes, não apenas pela sua importância ambiental, mas como parte da cultura de uma sociedade e ponto de visitação. Incrementado inclusive por inserção de arte, manutenção de elementos históricos como navios afundados, dentre outros. Discutiremos como a visualização da paisagem marítima pode criar percepção social, inclusive pelo turismo, e com isso garantir a proteção ambiental dos recifes que tem papel incontestável na garantia do meio ambiente ecologicamente equilibrado. Complementaremos com uma aproximação inicial, a paisagem marinha no contexto das comunidades tradicionais.


5. Beatrice Padovani Ferreira - Monitoramento participativo e a rede internacional de monitoramento de recifes

Nesta palestra será apresentada a iniciativa adaptação do monitoramento participativo utilizado no PELD TAMS, com base no ReefCheck, para a formação de uma rede com o INCT AmbTropic, com participação de comunidades costeiras e de pescadoras e pescadores. Também serão discutidos os resultados obtidos utilizando o protocolo Reef Check em unidades de conservação em recifes na costa brasileira.



2ª Parte


1.Marcelo Soares - Impactos nos recifes de corais e vulnerabilidade socioeconômica

Os impactos locais e globais em curso no Antropoceno estão alterando profundamente a biodiversidade marinha bem como os bens e serviços ambientais ofertados pelos recifes de corais. Dentre essas alterações profundas geradas pela simplificação e degradação dos recifes um dos aspectos negligenciados é o aumento da vulnerabilidade socioeconômica das quase 500 milhões de pessoas que dependem diretamente dos recifes. Nessa palestra esse tema será explorado mostrando como o aquecimento global, aumento do nível do mar, mudanças de fase nos recifes e outros aspectos ambientais estão interligados com impactos e o aumento da vulnerabilidade de comunidades humanas costeiras e insulares.


2. Maria Elisabeth de Araújo - Etnoconservação: academia, pescadores e resultados.

Estudos etnocientíficos foram iniciados por antropólogos na década de 30, tendo sido apropriados pela área biológica com conceitos e práticas diversas. A etnoconservação vem crescendo muito rapidamente entre ecólogos interessados em gestão e nos aspectos socioculturais da conservação da natureza. Cabe-nos perguntar: Os resultados das pesquisas fortalecem a interação entre a academia e a comunidade pesqueira em prol da conservação do ambiente, incluindo os povos nativos?


3. Priscila Lopes - Conhecimento ecológico local como mecanismo de detecção de impactos em ambientes recifais

O conhecimento ecológico local vem sendo demonstrado como uma ferramenta eficiente para preencher lacunas de conhecimento científico, apontar novas perguntas e soluções, e incluir comunidades humanas no espaço de gestão, em diversos ambientes, inclusive os recifais. Há ainda a possibilidade deste conhecimento representar uma maneira rápida e efetiva de acessar a magnitude de impactos ecológicos e sociais locais, sejam eles pontuais ou extensos. Por exemplo, à medida em que há aumento da imprevisibilidade climática, surgem novos impactos de ordem ecológica com consequências em sistemas sociais, como perda da produtividade pesqueira. A mesma ideia é válida para impactos mais pontuais, como episódios de derramamento de óleo. Aqui, discutirei como este tipo de conhecimento pode ser fundamental para anteciparmos tanto impactos causados por grandes mudanças como para desenharmos estratégias mitigatórias mais adequadas às necessidades locais em função de impactos recém-sofridos.


4. Luisa Viegas - Importância da divulgação científica para a preservação ambiental

A divulgação científica é uma ferramenta importantíssima para a propagação do conhecimento científico, e se faz cada vez mais presente como uma forma de combater as notícias falsas que se espalham no mundo virtual e promover a preservação ambiental. Nesta palestra, abordarei a importância da divulgação científica na sociedade moderna, bem como as diferentes formas de se fazer divulgação científica visando a proteção dos oceanos.


O programa completo do evento inclui plenárias ao vivo, apresentações de trabalhos e sessões interativas. Você pode conferir a programação detalhada acessando o link.

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